As palavras ditas são impensadas.
Enquanto você olha ao longe,ou para si mesmo,eu faço versos,arrumo gavetas,empilho recordações.
Quer saber,não tenho vontades.
Seus olhos não são os mesmos,nossos pensamentos soltos,e é tão mais fácil mentir.
Não saber o que quer,mas saber o que não quer,e que isso lhe basta.
Portanto não vou me deixar te amar,não desta vez...
Eu poderia esperar você viver tudo,mas não quero mais encontrar-me nessas velhas coisas perdidas,muito menos tropeçar em devaneios sempre que vejo esse seu calmo sorriso a me dizer coisas.
''Sem apego. Sem melancolia. Sem saudade. A ordem é desocupar lugares. Filtrar emoções''.
Que seja doce!
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
(...) porque amor é urgência
Não sou eu,somos nós
É sua voz linda e calma
São minhas mãos acariciando seu rosto
Cócegas nos seus pés
É o seu beijo em minhas orelhas
Ver seus olhos castanhos abertos ao amanhecer
O embaraço de não entender e mesmo assim aceitar
São todos os meus sonhos com sabor de você
É o hoje me pedindo pra esquecer
Meu coração me pedindo pra lembrar
É sua voz linda e calma
São minhas mãos acariciando seu rosto
Cócegas nos seus pés
É o seu beijo em minhas orelhas
Ver seus olhos castanhos abertos ao amanhecer
O embaraço de não entender e mesmo assim aceitar
São todos os meus sonhos com sabor de você
É o hoje me pedindo pra esquecer
Meu coração me pedindo pra lembrar
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Não, não é cansaço...
Não, não é cansaço...
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar.
É um domingo às avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo...
Não, cansaço não é...
É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Como tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais.
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar.
É um domingo às avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo...
Não, cansaço não é...
É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Como tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais.
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Sejamos sensíveis á reflexão.
Hoje sai da rotina e cheguei em casa mais cedo,sinceramente eu nem gosto,e meio chato ficar sem o que fazer,fiquei pensativa vendo fim de tarde passar,e o ''inútil'' fato de eu não ter TV (bom na verdade eu tinha ,ela ficou no apartamento do meu ex-noivo e não comprei outra,nem faz falta...)bom,voltando,isso me fez lembrar de um poema chamado ''O Poema da Necessidade’’,quando leio penso no impasse humano diante das exigências da vida moderna,como são monótonas e também pesadas as obrigações do dia a dia.E fica ainda mais claro o extremo absurdo de ideais contraditórios,aparentemente vitais e essencialmente banais,que cada um de nós carrega em seus ombros.
O Poema da Necessidade
É preciso casar João,
é preciso suportar, Antônio,
é preciso odiar Melquíades
é preciso substituir nós todos.
É preciso salvar o país,
é preciso crer em Deus,
é preciso pagar as dívidas,
é preciso comprar um rádio,
é preciso esquecer fulana.
É preciso estudar volapuque,
é preciso estar sempre bêbado,
é preciso ler Baudelaire,
é preciso colher as flores
de que rezam velhos autores.
É preciso viver com os homens
é preciso não assassiná-los,
é preciso ter mãos pálidas
e anunciar O FIM DO MUNDO
Carlos Drummond de Andrade
O Poema da Necessidade
É preciso casar João,
é preciso suportar, Antônio,
é preciso odiar Melquíades
é preciso substituir nós todos.
É preciso salvar o país,
é preciso crer em Deus,
é preciso pagar as dívidas,
é preciso comprar um rádio,
é preciso esquecer fulana.
É preciso estudar volapuque,
é preciso estar sempre bêbado,
é preciso ler Baudelaire,
é preciso colher as flores
de que rezam velhos autores.
É preciso viver com os homens
é preciso não assassiná-los,
é preciso ter mãos pálidas
e anunciar O FIM DO MUNDO
Carlos Drummond de Andrade
domingo, 21 de agosto de 2011
Desencontros
Aquela manhã o abrir dos olhos foi doce,em seu semblante havia um ar de quem sonha acordado.
Ficou ali por alguns instantes após finalmente despertar,tivera sido longa a noite.
Foi até a porta para pegar o jornal,sentou-se á mesa como de costume.
Ansiosa,isso sempre lhe tirava o apetite,uma xícara de café bastou.
Um banho quente e calmo,um vestido florido,água de rosas,cabelos soltos,ele há de gostar,sobrancelhas penteadas ,um pouco de batom,mas nada que alonga os cílios,estava certa as lagrimas causaria um grande estrago.
Com o coração cheio de alegria,amor e uma saudade transbordante de algo que ainda se quer vivera,
partiu ao seu encontro.
O dia tinha um colorido especial,pássaros afinados,aroma agradável.
Imaginou como ele estaria,barba por fazer, camisa xadrez,ombros largos,olhar quieto,sorriso tímido,não seria mais apenas palavras ou poesia.
Seu coração estava á palpitar...
Esperou,esperou,esperou...
Aos poucos eis aquela praça ficou sem voz,um silêncio perturbador.
Ele não vem,dizia pra si mesma,vai ver que tomara outro rumo...
Chegou a pesar que chegara a essa altura da vida apenas para conhece-lo, travara consigo mesmo um luta justa,não,uma luta nunca é justa pensara,é inútil,o amor não é pra mim.
Tirou dos pés as pequenas sapatilhas lilás,com as costas das mãos limpou de seus úmidos lábios o batom,amarrou os cabelos,as lagrimas escorriam em seu rosto pálido.
Na suavidade do ar olhou para ela mesma ,e olhou novamente,e novamente...
Voltou pra casa,seu velho mundo de bolinhas de sabão.
"A vida é feita de encontros, embora haja tantos desencontros pela vida"
Ficou ali por alguns instantes após finalmente despertar,tivera sido longa a noite.
Foi até a porta para pegar o jornal,sentou-se á mesa como de costume.
Ansiosa,isso sempre lhe tirava o apetite,uma xícara de café bastou.
Um banho quente e calmo,um vestido florido,água de rosas,cabelos soltos,ele há de gostar,sobrancelhas penteadas ,um pouco de batom,mas nada que alonga os cílios,estava certa as lagrimas causaria um grande estrago.
Com o coração cheio de alegria,amor e uma saudade transbordante de algo que ainda se quer vivera,
partiu ao seu encontro.
O dia tinha um colorido especial,pássaros afinados,aroma agradável.
Imaginou como ele estaria,barba por fazer, camisa xadrez,ombros largos,olhar quieto,sorriso tímido,não seria mais apenas palavras ou poesia.
Seu coração estava á palpitar...
Esperou,esperou,esperou...
Aos poucos eis aquela praça ficou sem voz,um silêncio perturbador.
Ele não vem,dizia pra si mesma,vai ver que tomara outro rumo...
Chegou a pesar que chegara a essa altura da vida apenas para conhece-lo, travara consigo mesmo um luta justa,não,uma luta nunca é justa pensara,é inútil,o amor não é pra mim.
Tirou dos pés as pequenas sapatilhas lilás,com as costas das mãos limpou de seus úmidos lábios o batom,amarrou os cabelos,as lagrimas escorriam em seu rosto pálido.
Na suavidade do ar olhou para ela mesma ,e olhou novamente,e novamente...
Voltou pra casa,seu velho mundo de bolinhas de sabão.
"A vida é feita de encontros, embora haja tantos desencontros pela vida"
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Sem Corpo Nenhum
Sem corpo nenhum,
como te hei de amar?
— Minha alma, minha alma,
tu mesma escolheste
esse doce mal!
Sem palavra alguma,
como o hei de saber?
— Minha alma, minha alma,
tu mesma desejas
o que não se vê!
Nenhuma esperança
me dás, nem te dou:
— Minha alma, minha alma,
eis toda a conquista
do mais longo amor!
Cecília Meireles
como te hei de amar?
— Minha alma, minha alma,
tu mesma escolheste
esse doce mal!
como o hei de saber?
— Minha alma, minha alma,
tu mesma desejas
o que não se vê!
Nenhuma esperança
me dás, nem te dou:
— Minha alma, minha alma,
eis toda a conquista
do mais longo amor!
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Inquietude
Habita em mim um desassossego
Não sei se de palavras,de olhares,sentimentos,emoções
De tocar de verdade,muitos não tocam,eles são destituídos
Acumularam pra si o melhor da vida, (não,o que julgaram ser o melhor)
E não tocam porque estão ocos ,e assim permaneceram...
Bom mesmo é ter sede de almas,de sorrisos
Necessidade de começar,vontade de continuar,razões para partir
È preciso substituir nós todos
Já dizia o poeta
A vida sempre em contraste
Rolar como criança nessas pequenices sublimes
Aprender a suportar
Ensinar a amar
Não ter medo,ter medo sempre
Anseios sobre tudo e ou sobre nada
Sonhos renovados ao nascer do sol
Esperanças reluzentes
Coração pulsando
Correr com o tempo que me resta para abraçar o mundo
Não sei se de palavras,de olhares,sentimentos,emoções
De tocar de verdade,muitos não tocam,eles são destituídos
Acumularam pra si o melhor da vida, (não,o que julgaram ser o melhor)
E não tocam porque estão ocos ,e assim permaneceram...
Bom mesmo é ter sede de almas,de sorrisos
Necessidade de começar,vontade de continuar,razões para partir
È preciso substituir nós todos
Já dizia o poeta
A vida sempre em contraste
Rolar como criança nessas pequenices sublimes
Aprender a suportar
Ensinar a amar
Não ter medo,ter medo sempre
Anseios sobre tudo e ou sobre nada
Sonhos renovados ao nascer do sol
Esperanças reluzentes
Coração pulsando
Correr com o tempo que me resta para abraçar o mundo
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Ervas No Jardim
Ervas No Jardim
Eu nem percebi que o sol desceu
E que meu amor por ti cresceu, amadureceu
Como as ervas que crescem no jardim
De repente tomou conta de mim
Quando a noite cai, eu penso em você
E nos meus sonhos você vem aparecer para me dizer
Que a distância não separa corações
E os sonhos alimentam ilusões
Eu nem percebi que o sol nasceu
E aquele nosso sonho aconteceu, se tornou real
E vento leva o som dessa canção
Germinando o amor em toda a nação
Como as ervas que florescem no jardim
Eu te quero sempre perto de mim
Eu nem percebi que o sol desceu
E que meu amor por ti cresceu, amadureceu
Como as ervas que crescem no jardim
De repente tomou conta de mim
Quando a noite cai, eu penso em você
E nos meus sonhos você vem aparecer para me dizer
Que a distância não separa corações
E os sonhos alimentam ilusões
Eu nem percebi que o sol nasceu
E aquele nosso sonho aconteceu, se tornou real
E vento leva o som dessa canção
Germinando o amor em toda a nação
Como as ervas que florescem no jardim
Eu te quero sempre perto de mim
Presente
As linhas que postarei a seguir vieram como presente á mim por um amigo,alguém que está sempre ao meu lado,talvez ele seja um anjo,ou nem exista,mas sempre me diz que nunca vai abrir mão de mim...
È inrrefútavel a beleza de tais linhas escritas que cultuam a dor de um amor que se foi...
È realmente lindo ler coisas do tipo:’’ De que vale o céu azul e o sol sempre a brilhar,se você não vem e eu estou á te esperar’’...
Sim,a tristeza parece poesia...
Mas não adianta,Caio Fernando tinha toda razão, sempre que o amor chegar, será pra nos dilacerar por mais um vez.
Sei o quanto está triste,sei que quando perdemos alguém que amamos parece que uma parte nossa foi tirada...
Mas ainda assim a vida pode ser linda,doce e cheia de encantos.
Portanto quando quiser chorar,chore.
Quando quiser gritar, grite.
Mas nunca deixe de viver,de sonhar,não feche os olhos para o amor,nada mais nesse mundo lhe trará mais felicidade que amar.
Vou me inspirar naquela cena do Fabuloso Destino em que Amélie conduz o homem cego da vitrola até a estação, e durante o percurso ao longo da Lamarck,ela se torna seus olhos descrevendo tudo que encontra pelo caminho...
Neste dia serei seus olhos...
Hoje andei de bicicleta
Apreciei o novo canteiro de rosas da Praça da Liberdade
Ouvir música boa e de graça no parque
Comprei botons na loja de rock da galeria
Esmiucei os sebos do Maleta á procura daquele livro (sabe aquele...)
Parei pra ver as crianças brincarem na fonte da P.da Estação
Abracei aquelas pessoas que ficam com cartazes pedindo abraço
Desci do carro no sinal e ajudei o garoto lavar meu para-brisas
Fui ao Museu
Andei na roda gigante do Parque Municipal (fiquei meia hora na fila)
Liguei para amigos que á muito tempo não ouvia a voz
Andei descalço
Entrei num estúdio de tatuagem,prometi pro cara voltar na semana que vem (não vou cumprir a promessa)
Tomei sorvete
Beijei as orelhas da mamãe (ela sente cócegas)
Fiquei lendo até tarde
Estou te escrevendo depois vou dormir
Compartilho meu dia com você,e amanhã quando os primeiros raios de sol invadir sua janela,saiba que estará recebendo um dia que será só seu,não desperdice...
Bjos na alma !!!
È inrrefútavel a beleza de tais linhas escritas que cultuam a dor de um amor que se foi...
È realmente lindo ler coisas do tipo:’’ De que vale o céu azul e o sol sempre a brilhar,se você não vem e eu estou á te esperar’’...
Sim,a tristeza parece poesia...
Mas não adianta,Caio Fernando tinha toda razão, sempre que o amor chegar, será pra nos dilacerar por mais um vez.
Sei o quanto está triste,sei que quando perdemos alguém que amamos parece que uma parte nossa foi tirada...
Mas ainda assim a vida pode ser linda,doce e cheia de encantos.
Portanto quando quiser chorar,chore.
Quando quiser gritar, grite.
Mas nunca deixe de viver,de sonhar,não feche os olhos para o amor,nada mais nesse mundo lhe trará mais felicidade que amar.
Vou me inspirar naquela cena do Fabuloso Destino em que Amélie conduz o homem cego da vitrola até a estação, e durante o percurso ao longo da Lamarck,ela se torna seus olhos descrevendo tudo que encontra pelo caminho...
Neste dia serei seus olhos...
Hoje andei de bicicleta
Apreciei o novo canteiro de rosas da Praça da Liberdade
Ouvir música boa e de graça no parque
Comprei botons na loja de rock da galeria
Esmiucei os sebos do Maleta á procura daquele livro (sabe aquele...)
Parei pra ver as crianças brincarem na fonte da P.da Estação
Abracei aquelas pessoas que ficam com cartazes pedindo abraço
Desci do carro no sinal e ajudei o garoto lavar meu para-brisas
Fui ao Museu
Andei na roda gigante do Parque Municipal (fiquei meia hora na fila)
Liguei para amigos que á muito tempo não ouvia a voz
Andei descalço
Entrei num estúdio de tatuagem,prometi pro cara voltar na semana que vem (não vou cumprir a promessa)
Tomei sorvete
Beijei as orelhas da mamãe (ela sente cócegas)
Fiquei lendo até tarde
Estou te escrevendo depois vou dormir
Compartilho meu dia com você,e amanhã quando os primeiros raios de sol invadir sua janela,saiba que estará recebendo um dia que será só seu,não desperdice...
Bjos na alma !!!
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Lembranças em brisas
Ainda me pego pensando em você...
Em todo encantamento que produzia em mim.
Chegou devagarinho ,mergulhou no meu olhar,me fez sorrir de um jeito singular.
Colocou na palma da minha mão as coisas mais lindas,raio de sol,margaridas pra brincar de bem-me- quer,casinha de caracol quebrada,joaninha,cifras de One last Breath e tantas vezes simplesmente suas mãos cheias do seu calor,um doar infinito de você pra mim...
Me dizia palavras que pareciam ter sido tiradas de dentro de mim.
Sonho embrulhado pra presente.
A tão sonhada parte que faltava.
Sim,eu julguei que era pra sempre...
E como num poema de Fernando Pessoa,pousou sua mão(pela última vez) na minha,e sem me olhares ,sorriu...
Me deixou longe de mim,abstrata,a buscar o respirar na solidão de um calmo vazio que sou eu.
Sem medos e loucos pensamentos.
''Embarquei numa nuvem por um vão de janela,dos meus cinco sentidos''.
Um tanto remansada,eu sei,mas eu gosto desse lidar com o tempo,seguir em pausas,apesar da impaciência que tenho com relação a mim mesma.
As vezes me esqueço,é assim me encontro num lembrar de você.
num lembrar de você.
Em todo encantamento que produzia em mim.
Chegou devagarinho ,mergulhou no meu olhar,me fez sorrir de um jeito singular.
Colocou na palma da minha mão as coisas mais lindas,raio de sol,margaridas pra brincar de bem-me- quer,casinha de caracol quebrada,joaninha,cifras de One last Breath e tantas vezes simplesmente suas mãos cheias do seu calor,um doar infinito de você pra mim...
Me dizia palavras que pareciam ter sido tiradas de dentro de mim.
Sonho embrulhado pra presente.
A tão sonhada parte que faltava.
Sim,eu julguei que era pra sempre...
E como num poema de Fernando Pessoa,pousou sua mão(pela última vez) na minha,e sem me olhares ,sorriu...
Me deixou longe de mim,abstrata,a buscar o respirar na solidão de um calmo vazio que sou eu.
Sem medos e loucos pensamentos.
''Embarquei numa nuvem por um vão de janela,dos meus cinco sentidos''.
Um tanto remansada,eu sei,mas eu gosto desse lidar com o tempo,seguir em pausas,apesar da impaciência que tenho com relação a mim mesma.
As vezes me esqueço,é assim me encontro num lembrar de você.
num lembrar de você.
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Uma conversa
Dia desses estava em um Café sozinha e perdida em meus pensamentos sempre distantes,quando uma conversa de dois rapazes em uma mesa proxíma a minha me chamou a atenção...
_Vê esse poema,''cê'' já pensou que muitos de nós podemos está literalmente vivendo nele,sem nem ao menos nos dar conta disso?
-Nesse caso eu seria João.
-Uai...por quê?
-Porque ele foi para o Estados Unidos.
-Tem vontade de ir para o Estados Unidos?
-Sim eu tenho,mas não é esse o motivo,você não entende?
-Não.
-Ele fugiu do amor impossível.
-Mas ele não amava Tereza?
-Sim amava e daí?
-Daí que ela amava alguém que se foi,não é relativamente um amor ''impossível''...
_Claro que é,seus mundos se tornaram separados,a dor disso é muito grande, tanto que ela preferiu o convento.
-Hã?
-Esquece,ela não é o assunto em questão,eu sou...
Sorri meio que sem querer,e eles perceberam.
-A moça ''tá'' rindo de você...
-Você concorda comigo não é moça?
-Eu?na verdade não...
Ele sorriu.
-Uai não?
-Penso que você seria Joaquim...
Eu disse morrendo de vergonha,( para os que ainda não me conhecem...)sou extremamente tímida.
-Joaquim?
-Sim se a questão for fugir,este sim fugiu do amor,das circunstâncias,da dor,fugiu da vida,tentou abadonar a si mesmo.
-Você acha que é o melhor a fazer?
-Não ,eu sou Cristã,penso que nada vale mais que a vida.No mais, eu vejo tantos amores caminhando em direçôes opostas...Agora ser João é uma boa opção para quem não quer passar o resto da vida sofrendo por alguém que não o ama.
Eles sorriram,nos apresentamos,juntamos nossas conversas,trocamos nossas idéias e voltamos pra nossas vidas reais ou poéticas,a diferença é pouca.
Quadrilha
_Vê esse poema,''cê'' já pensou que muitos de nós podemos está literalmente vivendo nele,sem nem ao menos nos dar conta disso?
-Nesse caso eu seria João.
-Uai...por quê?
-Porque ele foi para o Estados Unidos.
-Tem vontade de ir para o Estados Unidos?
-Sim eu tenho,mas não é esse o motivo,você não entende?
-Não.
-Ele fugiu do amor impossível.
-Mas ele não amava Tereza?
-Sim amava e daí?
-Daí que ela amava alguém que se foi,não é relativamente um amor ''impossível''...
_Claro que é,seus mundos se tornaram separados,a dor disso é muito grande, tanto que ela preferiu o convento.
-Hã?
-Esquece,ela não é o assunto em questão,eu sou...
Sorri meio que sem querer,e eles perceberam.
-A moça ''tá'' rindo de você...
-Você concorda comigo não é moça?
-Eu?na verdade não...
Ele sorriu.
-Uai não?
-Penso que você seria Joaquim...
Eu disse morrendo de vergonha,( para os que ainda não me conhecem...)sou extremamente tímida.
-Joaquim?
-Sim se a questão for fugir,este sim fugiu do amor,das circunstâncias,da dor,fugiu da vida,tentou abadonar a si mesmo.
-Você acha que é o melhor a fazer?
-Não ,eu sou Cristã,penso que nada vale mais que a vida.No mais, eu vejo tantos amores caminhando em direçôes opostas...Agora ser João é uma boa opção para quem não quer passar o resto da vida sofrendo por alguém que não o ama.
Eles sorriram,nos apresentamos,juntamos nossas conversas,trocamos nossas idéias e voltamos pra nossas vidas reais ou poéticas,a diferença é pouca.
Quadrilha
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Da janela
De minha singela janela eu vi o nascer de um de amor.
Ele suspira por ela,se desmancha em palavras belas,devota todos os seus pensamentos à esse pequeno amor.
Seu coração ferido,entristecido por uma grande perda e por anos que foram apagados sem uma mera explicação,volta a bater em ritmo acelerado.
Sonha.
Faz planos,e espera pacientemente por um olhar diferente dela,um simples reconhecer de almas,um pequeno espaço que seja,para que possa entrar e como em seus pequenos sonhos faze-la feliz como ela jamais imaginou ser.
Ela porém ainda não percebeu.
Cultiva por ele uma amizade doce,o deixa guardado em sua caixinha de música,o tem como uma flor dentro de um livro,não sabe que ele deseja ser mais que um ombro amigo,não sabe que ele a escolheu para juntos colher vagalumes,dançar na chuva e se amarem em todas as noite com sol,não sabe que suas palavras podem ser muito mais que simples palavras de afago.
Penso que se ao menos ela reconhesse aquele brilho em seus olhos castanhos ou sentisse o suspirar em cada gesto que ele á dedica com maestria,tudo seria tão diferente.
Assim visto daqui de minha janela,ela se torna mais um de seus amores imaginários,a cura para seu pobre coração partido mais parece uma doce e linda ilusão.
Ainda assim continuará pulsando cheio de possibilidades.
Ele suspira por ela,se desmancha em palavras belas,devota todos os seus pensamentos à esse pequeno amor.
Seu coração ferido,entristecido por uma grande perda e por anos que foram apagados sem uma mera explicação,volta a bater em ritmo acelerado.
Sonha.
Faz planos,e espera pacientemente por um olhar diferente dela,um simples reconhecer de almas,um pequeno espaço que seja,para que possa entrar e como em seus pequenos sonhos faze-la feliz como ela jamais imaginou ser.
Ela porém ainda não percebeu.
Cultiva por ele uma amizade doce,o deixa guardado em sua caixinha de música,o tem como uma flor dentro de um livro,não sabe que ele deseja ser mais que um ombro amigo,não sabe que ele a escolheu para juntos colher vagalumes,dançar na chuva e se amarem em todas as noite com sol,não sabe que suas palavras podem ser muito mais que simples palavras de afago.
Penso que se ao menos ela reconhesse aquele brilho em seus olhos castanhos ou sentisse o suspirar em cada gesto que ele á dedica com maestria,tudo seria tão diferente.
Assim visto daqui de minha janela,ela se torna mais um de seus amores imaginários,a cura para seu pobre coração partido mais parece uma doce e linda ilusão.
Ainda assim continuará pulsando cheio de possibilidades.
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Amanheceu
Sonhei um amor,ainda não se sabe o que sonho e o que sou eu.
Um vilarejo,cheirinho doce de orvalho fresco,(adoro esse cheiro particularmente)ali estava sentada ao lado dele,me fitou com carinho e me presenteou com um sorriso calmo,inocente em sua própria natureza.
Segurou uma de minhas mãos com exatidão,olhou para o horizonte.
Em alguns minutos eis que surge lá longe um brilho intenso,que se aproxima
sem cerimônia e nos toca a pele como um beijo desses devarinho,aquecendo-nos e despertando-nos para o novo.
-Não é lindo isso?
Ele me pergunta com os olhos cerrados,sua face ainda mais radiante pelo brilho do sol.
Permanecemos ali,juntinhos,apreciando o nascer de um novo dia.
Uma dádiva,um milagre,um recomeço,nos é dada mais um chance,podemos perdoar mais,nos alegrar mais,sorrir e chorar,ajudar,nos doar e fazer dele o melhor dia de nossas vidas e da vida de quem amamos.
Um vilarejo,cheirinho doce de orvalho fresco,(adoro esse cheiro particularmente)ali estava sentada ao lado dele,me fitou com carinho e me presenteou com um sorriso calmo,inocente em sua própria natureza.
Segurou uma de minhas mãos com exatidão,olhou para o horizonte.
Em alguns minutos eis que surge lá longe um brilho intenso,que se aproxima
sem cerimônia e nos toca a pele como um beijo desses devarinho,aquecendo-nos e despertando-nos para o novo.
-Não é lindo isso?
Ele me pergunta com os olhos cerrados,sua face ainda mais radiante pelo brilho do sol.
Permanecemos ali,juntinhos,apreciando o nascer de um novo dia.
Uma dádiva,um milagre,um recomeço,nos é dada mais um chance,podemos perdoar mais,nos alegrar mais,sorrir e chorar,ajudar,nos doar e fazer dele o melhor dia de nossas vidas e da vida de quem amamos.
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Anjos do caminho
Ontem fui ao cinema,costumávamos ir juntos...mas isso não importa,não agora,acredito que não mais.
Na volta pra casa resolvi me sentar um pouco na praça,havia um senhor que ali já estava antes de mim.
- Veio ver a vista?
-Não,estou só de passagem,moro do outro lado da cidade.
Silêncio ...desses de acanhamento e falta de palavras.
-Moro naquele prédio ali... desde a década de 70.
-Ele é lindo,é de um arquiteto famoso né?
È,mas ninguém liga...
(risos)
- O senhor liga?
-Eu não,já não ligo pra muitas coisas.
-Estou vindo do cinema.
-Não diga,estou por fora ,como dizem vocês jovens,tem muitos filmes bons passando?
-Na verdade não,quase nada.
-Sabe o melhor filme que já vi?
-Hum,qual?
-Um em que o personagem principal (vivido por...deixa eu me lembrar...já fazem 50 anos...)Enfim, ficava o tempo todo sentado,em frente a janela,devido à um acidente havia ficado imóvel.Então observava à tudo,e até testemunhou um assassinato,enquanto sua noiva,(dessa sim jamais me esquecerei) Grace Kelly ,nos brindava com sua beleza memorável,e modelitos diferentes a cada cena.
-As vezes me sinto assim,como se só estivesse aqui para observar.
-Não diga isso minha jovem,a vida não pode ser insípida e inodora,você precisa compor a história,seguir os traços,atuar nela,é por isso que estamos aqui.
Eu quis chorar,mas me contive,aqueles olhos cansados,tinham um brilho especial.
-È ,eu sei,penso assim mesmo só ‘as vezes’...
-Vamos mudar de assunto...podemos falar de política.
-Acho melhor não,retruquei...
Gargalhamos juntos e compulsivamente.
-Podemos ficar ...mudos.
Concordei com um olhar.
E ali permanecemos compenetrados à olhar para os outros e para nós mesmos,cúmplices de nossos devaneos,
espectadores assíduos de tudo à nossa volta.
-Pai?O tempo está esfriando...vamos?
Uma voz serena rompia o nosso valoroso e calmo silêncio.
-Foi bom conhecer o senhor!
Toquei de leve suas mãos trêmulas e pouco aquecidas.
Ele me sorriu com os olhos...e se foi, apoiado pela figura doce e calma que o acompanhava em passos curtos e sem pressa.
Eu repleta de mim,voltei pra casa.
Na volta pra casa resolvi me sentar um pouco na praça,havia um senhor que ali já estava antes de mim.
- Veio ver a vista?
-Não,estou só de passagem,moro do outro lado da cidade.
Silêncio ...desses de acanhamento e falta de palavras.
-Moro naquele prédio ali... desde a década de 70.
-Ele é lindo,é de um arquiteto famoso né?
È,mas ninguém liga...
(risos)
- O senhor liga?
-Eu não,já não ligo pra muitas coisas.
-Estou vindo do cinema.
-Não diga,estou por fora ,como dizem vocês jovens,tem muitos filmes bons passando?
-Na verdade não,quase nada.
-Sabe o melhor filme que já vi?
-Hum,qual?
-Um em que o personagem principal (vivido por...deixa eu me lembrar...já fazem 50 anos...)Enfim, ficava o tempo todo sentado,em frente a janela,devido à um acidente havia ficado imóvel.Então observava à tudo,e até testemunhou um assassinato,enquanto sua noiva,(dessa sim jamais me esquecerei) Grace Kelly ,nos brindava com sua beleza memorável,e modelitos diferentes a cada cena.
-As vezes me sinto assim,como se só estivesse aqui para observar.
-Não diga isso minha jovem,a vida não pode ser insípida e inodora,você precisa compor a história,seguir os traços,atuar nela,é por isso que estamos aqui.
Eu quis chorar,mas me contive,aqueles olhos cansados,tinham um brilho especial.
-È ,eu sei,penso assim mesmo só ‘as vezes’...
-Vamos mudar de assunto...podemos falar de política.
-Acho melhor não,retruquei...
Gargalhamos juntos e compulsivamente.
-Podemos ficar ...mudos.
Concordei com um olhar.
E ali permanecemos compenetrados à olhar para os outros e para nós mesmos,cúmplices de nossos devaneos,
espectadores assíduos de tudo à nossa volta.
-Pai?O tempo está esfriando...vamos?
Uma voz serena rompia o nosso valoroso e calmo silêncio.
-Foi bom conhecer o senhor!
Toquei de leve suas mãos trêmulas e pouco aquecidas.
Ele me sorriu com os olhos...e se foi, apoiado pela figura doce e calma que o acompanhava em passos curtos e sem pressa.
Eu repleta de mim,voltei pra casa.
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Retomada
Hoje pela primeira vez quis ir ao encontro de mim,
respirar sem você...
Reorganizei as idéias,fiz uma lista de supostas coisas á conquistar,pensei em amigos que ainda se quer apreciei suas doces pupilas.
Escutei minha canção do TM favorita,rasguei papéis,ergui a cabeça encarei o espelho e me olhei nos olhos.
È preciso tirar o pó da palavra amar,recolher os pedaços de alma...
Já não posso mais suportar minha vida sem mim,pois já são infintas semanas de quem sou eu...
Sinto desejo de superfície,de renovar pensamentos,me esvair do silêncio que sou eu.
Caminhar pelas ruas,sentir pessoas,aromas,cores,sons de palavras.
Só então voltar pra casa,serena.
Exercer o viver em sua plenitude.
Ainda estou aqui.
em mim.
respirar sem você...
Reorganizei as idéias,fiz uma lista de supostas coisas á conquistar,pensei em amigos que ainda se quer apreciei suas doces pupilas.
Escutei minha canção do TM favorita,rasguei papéis,ergui a cabeça encarei o espelho e me olhei nos olhos.
È preciso tirar o pó da palavra amar,recolher os pedaços de alma...
Já não posso mais suportar minha vida sem mim,pois já são infintas semanas de quem sou eu...
Sinto desejo de superfície,de renovar pensamentos,me esvair do silêncio que sou eu.
Caminhar pelas ruas,sentir pessoas,aromas,cores,sons de palavras.
Só então voltar pra casa,serena.
Exercer o viver em sua plenitude.
Ainda estou aqui.
em mim.
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Saudades Coloridas
O nada a fazer dos domingos tediosos que sempre são os meus,hoje me deixou como sempre devolta á vagar pelos meus pensamentos mais distantes.
Fiquei á procurar por migalhas de momentos felizes e de súbito fui levada de volta á minha infância,lugar onde domingo é dia curto para tantos afazeres de menino.
Trazer a memória doces lembranças nos aquece,é uma doçura de passado,um reatar de laços,um alquebrar das razões de ser adulto.
Sorrir sem mais.
Uma a uma as idéias tomam formas,rostos,palavras, a história se compõe,como se tudo estivesse eternizado na alma, como fotografia antiga.Tomada pela nostálgia me aquieto num canto, mergulhada num misto de saudades e cores e um desejar que tudo se fizesse novo,que recomeçar sem tropeçar fosse realmente possível,sonhar sem hesitar.
Fiquei á procurar por migalhas de momentos felizes e de súbito fui levada de volta á minha infância,lugar onde domingo é dia curto para tantos afazeres de menino.
Trazer a memória doces lembranças nos aquece,é uma doçura de passado,um reatar de laços,um alquebrar das razões de ser adulto.
Sorrir sem mais.
Uma a uma as idéias tomam formas,rostos,palavras, a história se compõe,como se tudo estivesse eternizado na alma, como fotografia antiga.Tomada pela nostálgia me aquieto num canto, mergulhada num misto de saudades e cores e um desejar que tudo se fizesse novo,que recomeçar sem tropeçar fosse realmente possível,sonhar sem hesitar.
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